Nota sobre o mercado de cosméticos no Brasil

O mercado de cosméticos está passando por profundas transformações. De um lado vemos a evolução do chamado cliente engajado, que, entre outros, está relacionado à revalorização de cabelos de cabelos afros, encaracolados e crespos. O cliente engajado procura produtos com ingredientes naturais, que afetem minimamente o meio ambiente, sejam veganos e não envolvam exploração de pessoas e animais. Para atender esse crescente perfil, empresas de cosméticos têm investido fortemente em formulações com reduzido número de produtos químicos assim como optando por ingredientes naturais quando possível.

Paralelo ao gradual estabelecimento do cliente engajado, a pandemia tem profundamente impactado o mercado de cosmético. As mudanças vão desde um maior número de clientes cuidando dos próprios cabelos em casa ao invés de irem a salões, maior procura por produtos na internet e mudança no consumo, como, por exemplo, o aumento de produtos para ressecamento das mãos causado por álcool gel e constantes lavagens. 

Outro possível desdobramento da pandemia é a desvalorização de feiras presenciais, que está também relacionado à uma maior independência dos produtores e possibilidade de estabelecer contato direto com consumidores. 

Dada essas duas grande tendências, parece mais seguro apostar na mudança a longo prazo, o cliente engajado, que já tem um impacto significativo. Enquanto muitas empresas nacionais e internacionais têm se posicionado em resposta à pandemia, é mais difícil prever se essas estratégias irão trazer frutos a longo prazo.

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